sábado, 6 de outubro de 2012

Resultados do IDEB São Benedito, Tianguá e Ipú[1]





* Maria Cydnália
* Maria Cristina
* Maria Alice
* Cláudia Jorge
* Talita Bruno
* Cristiane
* Maxwelia



Resumo:


O objetivo da presente pesquisa é analisar os dados objetivos pelo IDEB das escolas de três municípios, sendo cada autora representante de seu município. Os municípios analisados foram São Benedito, Tianguá e Ipú. As médias das escolas avaliadas estarão no presente artigo, sendo observadas e discutidas. É necessário o aprofundamento deste estudo em várias áreas da educação, pois através da pesquisa os problemas poderão ser detectados e possíveis soluções poderão aparecer. A metodologia de pesquisa constou de consultas ao site do INEP e leituras referentes ao assunto. A pesquisa fica em aberto, sendo necessário um maior aprofundamento.

Palavras-Chave: IDEB, educação, avaliação.



Introdução

A problemática do desempenho dos alunos, a muito vem trazendo preocupações para os órgãos participantes da educação. Traremos nesta pesquisa alguns dados obtidos por meio de análise de médias obtidas nas provas que são a base do IDEB, Índice de Desenvolvimento da educação Básica.
Esta pesquisa procura focalizar alguns aspectos relevantes sobre essa temática tais como: avanços ou regressões no processo educacional, condições em que acontece (ou não) a aprendizagem e suas possíveis causas.
A real perspectiva desta modesta pesquisa é oferecer uma contribuição para a análise e realização de outras futuras análises, sobre a relevância que dados como o IDEB podem alcançar, caso sejam bem aplicadas e sirvam como cursos do processo. Um guia para nos voltarmos aos problemas.

Metodologia

A pesquisa foi realizada no site do INEP, onde dados do IDEB foram consultados abrangendo os municípios de São Benedito, Tianguá e Ipú. Os resultados de 2007 das escolas dos três municípios foram analisados com as médias de 2005 e comparados entre si. Para maior verificação do desempenho das três cidades foi feito um comparativo com a média do Estado, da região e do País.
Logo após este procedimento, as médias foram analisadas e descritas com suas respectivas alterações e apresentadas em tabelas. Depois realizaram-se as descrições dos resultados acompanhados de discussões em sustentação teórico.

Fundamentação Teórica

Têm-se no Brasil várias formas de analisar o desempenho dos estudantes, tanto da rede pública como da rede privada, SAEB, SPAECE, PROVA BRASIL, ENEN e outros são alguns dos meios utilizados para avaliar tais alunos.
É a partir desse diagnóstico ou sondagem do panorama nacional que pode-se tirar conclusões sobre o desenvolvimento da educação no país.
Os resultados do IDEB vêm demonstrar o desenvolvimento da educação básica do país, no entanto, ao contrário do que pode pensar, o IDEB, assim como os outros processos avaliativos da educação brasileira, não está apenas preocupado com índices quantitativos mas também qualitativos.
Não deve-se perder de vista a qualidade da escola oferecida à população. Os avanços quantitativos devem ser reflexo das melhorias qualitativas. Soluções para problemas de fluxos de abandonos e carências dos alunos para serem apresentados através da análise dos dados. Como consta em documento do INEP 2004, vimos que “a educação comporta fenômenos complexos e assim deve ser analisada, aprofundando a investigação em busca de um diagnóstico mais claro e útil para a tomada de decisões.”
Estas avaliações são importantes para o conhecimento dos avanços obtidos e  para detectar os problemas do sistema educacional.
Daí a necessidade dos resultados serem estudados e analisados.

Resultados e Discussões

Ao analisarmos os resultados do IDEP, verificamos primeiramente o resultado obtido pelo país que tinha média de 3,7 em 2005 e avançou para 4,2. Importante avanço, porém a meta é alcançar os países desenvolvidos onde a média é 6,0. Este dado foi necessário para compararmos os desempenhos dos municípios com a média Nacional.
A região Nordeste apresenta os maiores saltos de qualidade na educação básica alcançados na avaliação de 2007. A meta para o 5º ano do ensino fundamental era 3,0 e obtivemos 3,5 para este ciclo , o objetivo dos 9º anos do ensino fundamental era alcançar a média 2,9 e obtivemos 3,1; para o 3º ano do ensino médio a meta era 3,0 e alcançamos 3,1. O estado cearense é o dono de avanços bastante significantes. A meta para o 5º ano era 3,2 e obteve-se 3,8; o 9º ano tinha como meta a média 3,1 e obteve 3,5; o 3º ano do ensino médio tinha como meta alcançar 3,3 e obtiveram 3,4. Lembramos que estes são dados do IDEB de 2007.
Com base nestes dados partimos agora à apresentação e análise de dados das escolas dos municípios de São Benedito, Tianguá e Ipú.



Tabela das escolas de São Benedito e suas respectivas médias.

Escolas
2005
2007
AF*
Filonila de Carvalho - EMEB
-
3,1
-
Francisco Cassiano do Amaral - EMEB
2,8
3,4
-
João Batista Salustiano de Aguiar
-
3,5
-
Menino Jesus - EMEB
3,0
3,4
-
Monsenhor Otalício - EMEB
-
3,7
X
Francisco Coelho de Paula – E.E.F.M.
3,0
2,7
X
Ministro Antonio Coelho – E.E.F.M.
3,4
4,4
-
Raimundo de Carvalho Lima - EMEB
-
3,5
X
Tomaz Brandão – E.E.F.M. Dep
3,7
3,9
-
Dep. Fco Júlio Filizola EMEB
2,8
3,8
-
E.E.F. Isaías Gonçalves Damasceno
2,7
3,7
X
* Anos Finais

Nas escolas do Município de São Benedito observamos um grande avanço na educação básica.
Escolas que ainda não tinham participado das provas obtiveram médias que superavam as metas estabelecidas. A escola Raimundo de Carvalho Lima alcançou média de 3,5 e sua meta para 2009 é de 3,9. O município no geral obteve nota 3,7 ultrapassando inclusive a média do Nordeste e ficando em décimo atrás do Estado que alcançou 3,8.
AS escolas que tiveram os anos finais avaliados surpreenderam e alegraram a comunidade estudantil e os professores formadores pois apenas uma escola a Francisco Coelho de Paula regrediu de sua média anterior que era 3,0, regressão de 0,3 décimos atingindo apenas 2,7.
Os avanços foram significativos, mas não suficientes, é necessários um trabalho longo e sério por parte de todos que tratam deste sistema já tão debilitado, por todos estes anos de abandono. A esperança começa a aparecer, principalmente em regiões como as dos estados nordestinos já tarjados como atrasados e retroativos, escolas superando o descaso e atingindo médias superiores à média nacional um exemplo é escola Ministro Antonio Coelho que obteve média 4.4. A questão é ampla e o caminho a ser percorrido é longo, é à nós futuros profissionais da educação que cabe dar continuidade e potência à estas conquistas.

Tabela das Escolas de Tianguá e suas respectivas médias

A
I*
A
F
Escolas
2005
2007
2005
2007
C.E  Antonio José da Rocha
3,4
3,3
3,3
3,8
C.E  Coração de Maria
--
3,4
2,8
2,9
C.E  de Tianguá
3,7
3,8
3,1
3,1
C.E  Professor Benjamim Cavalcante
3,2
4,0
3,3
3,4
C.E  Professor Osvaldo Nogueira Lima
2,6
3,7
3,0
3,8
C.E.F Frei Gervasio
3,7
3,9
3,7
3,9
E.E.F Lali Corréia
3,2
3,4
3,3
3,3
E.E.F Professora Ester de Aguiar de Meneses
3,4
4,2
2,9
3,6
E.E.F Raimundo Lopes
--
2,3
--
--
E.E.F Santo Antonio
--
2,6
--
--
E.E.F Dom Francisco Xavier H. Harneda
2,7
5,4
--
--
E.E.I.F  Cândido Xavier
--
3,1
--
--
E.E.I.F  Nossa Senhora Das Graças
3,1
3,5
--
2,5
E.E.I.F  Professora Maria Ofélia de V. Portela
3,1
2,6
--
--
E.E.I.F  Tereza Nunes
2,6
3,6
--
--
E.E.I.F  Professora Ofélia Portela Mota
--
3,2
--
3,7
E.E.F.M  Manoel Francisco de Aguiar
--
--
3,3
--
E.E.F.M  Tancredo Nunes de Menezes
--
--
4,1
--
E.E.F.M  Monsenhor Aguiar
--
--
3,2
3,4
E.E.I.F  Frei Fontanela  2,9
2,9
3,8
--
3,5
AI* Anos Iniciais.  AF* Anos Finais.

Nas escolas do município de Tianguá os resultados do IDEB foram bem positivos, como na escola Profª Ester de Aguiar que obteve um grande avanço, como a nota de 2,9 em 2005 e de 3,6 em 2007, nos anos finais. No entanto, podemos observar ainda alguns déficits de aprendizagem quanto ao avanço dos alunos de algumas escolas, como na escola Profª Maria Ofélia que obteve uma nota de 3,1 em 2005 e 2,6 em 2007 nos anos iniciais.
Alguns problemas enfrentados pelas escolas encontram-se nos sistemas educacionais; professores que muitas vezes não são bem remunerados e ainda encontram-se em situação instável na escola, este fato leva a uma má ação dos profissionais que reflete diretamente na aprendizagem do aluno. Mello ( 2006-2007 ) nos fala que “a formação dos professores não é parte da solução, e , sim parte do problema de qualidade da educação básica.” Em vista disso as escolas  buscam melhorar a qualidade do ensino desenvolvendo projetos, capacitação continuadas e planejamentos.
Os resultados observados do IDEB levam a refletir sobre as políticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas e, ainda sobre a educação e a sua função como agente transformador da sociedade.
Tais resultados mostram o quanto o ensino brasileiro precisa melhorar para atingirmos uma boa média na qualidade da nossa educação.

Tabela das escolas do Município de Ipú e suas perspectivas.


Escolas
AF*
AI*
2005
2007
2005
2007
1
Abdias Martins de Sousa Torres E.M.E.F
-
3,0
1,7
3,3
2
Abílio Martins E.M.F.F
-
3,3
2,1
2,4
3
Auton Aragão E.E.F.M.
3,1
3,4
-
-
4
Delmiro Gouveia E.E.F.M.
2,9
3,4
-
-
5
Gonçalo de Sousa Martins E.M.E.F
-
-
-
2,5
6
Gonçalo Lima E.E.F.M. Mons.
3,1
3,6
-
-
7
João de Paulo Belém E.M.E.F
-
2,9
2,2
2,3
8
João Sampaio de Araújo E.M.E.F
-
3,1
-
2,7
9
José Lourenço E.P.G.
3,0
3,5
-
-
10
Maria Eunice Martins Melo Aragão E.M.E.F
-
-
-
3,3
11
Maria Laura Sampaio E.M.E.F
-
-
2,5
-
12
Moacir Alves Timbó E.M.E.F
-
-
-
2,4
13
Monsenhor Francisco Correia Ferreira E.M.E.F
-
-
2,0
3,1
14
Mundo Encantado E.M.E.F
-
-
-
3,6
15
Pedro Camelo da Silva E.M.E.F
-
-
-
2,8
16
Profª. Maria Valdemira Coelho Melo E.M.E.F
-
2,8
-
2,8

As escolas do município do Ipú também obtiveram alguns avanços.  Analisaremos cada uma na ordem da tabela exposta acima.
A escola 1 não havia sido avaliada no ano de 2005, no entanto obteve uma boa classificação com média 3,0 nos anos finais e 3,3 nos iniciais. A escola 2 teve 3,3 para os anos finais e 2,4 para os anos iniciais em 2007 apresentando um pequeno avanço. Na 3 temos a escola com índice de 3,4 em 2007 elevando sua média em relação à 2005 onde contava com a média 3,1 para os anos finais. Percebemos em todas as escolas um leve aumento em seu rendimento.
Sabemos que o caminho das pedras ainda não foi descoberto, mas sabemos também que só a partir de dados precisos sobre o desempenho dos alunos é que poderemos detectar os problemas e apontarmos soluções.

Considerações Finais

Constatamos através desta pesquisa que as dificuldades são grandes, porém um trabalho árduo e feito com dedicação pode e deve começar a mudar este quadro.
A ação transformadora dessa realidade começa hoje com os novos profissionais que terão (ou já estão tendo) a oportunidade de mudá-la, buscando novas práticas educativas e estando sempre querendo aproximarem-se de uma realidade diferente, melhor.
Os bons resultados devem-se a preocupação das escolas em desenvolver projetos de leitura, oficinas de leitura, aulas dinâmicas e, acima de tudo, com um corpo docente que pode garantir a aprendizagem como um processo intencional, sistemático e teoricamente fundamentado.
Esta pesquisa não encerra os estudos sobre este assunto, deixando então possibilidades para outros pesquisadores aprofundarem mais.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Qualidade da Educação. Uma nova leitura do desempenho dos estudantes da 3ª série do Ensino Médio. Brasília: INEP, janeiro 2004

MELLO, Guiomar Nano de. Periódico, Pátio, Ano X, número 40, PORTO Alegre, nov. 2006/janeiro 2007.




[1] Acadêmicas do 5º período do curso de letras de UVA. setembro – 2008

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