*
Maria Cydnália
*
Maria Cristina
*
Maria Alice
*
Cláudia Jorge
*
Talita Bruno
*
Cristiane
*
Maxwelia
Resumo:
O objetivo da presente pesquisa é
analisar os dados objetivos pelo IDEB das escolas de três municípios, sendo
cada autora representante de seu município. Os municípios analisados foram São
Benedito, Tianguá e Ipú. As médias das escolas avaliadas estarão no presente
artigo, sendo observadas e discutidas. É necessário o aprofundamento deste estudo
em várias áreas da educação, pois através da pesquisa os problemas poderão ser
detectados e possíveis soluções poderão aparecer. A metodologia de pesquisa
constou de consultas ao site do INEP e leituras referentes ao assunto. A
pesquisa fica em aberto, sendo necessário um maior aprofundamento.
Palavras-Chave:
IDEB, educação, avaliação.
Introdução
A problemática do
desempenho dos alunos, a muito vem trazendo preocupações para os órgãos
participantes da educação. Traremos nesta pesquisa alguns dados obtidos por
meio de análise de médias obtidas nas provas que são a base do IDEB, Índice de
Desenvolvimento da educação Básica.
Esta pesquisa procura
focalizar alguns aspectos relevantes sobre essa temática tais como: avanços ou
regressões no processo educacional, condições em que acontece (ou não) a
aprendizagem e suas possíveis causas.
A real perspectiva desta
modesta pesquisa é oferecer uma contribuição para a análise e realização de
outras futuras análises, sobre a relevância que dados como o IDEB podem
alcançar, caso sejam bem aplicadas e sirvam como cursos do processo. Um guia
para nos voltarmos aos problemas.
Metodologia
A pesquisa foi realizada
no site do INEP, onde dados do IDEB foram consultados abrangendo os municípios
de São Benedito, Tianguá e Ipú. Os resultados de 2007 das escolas dos três
municípios foram analisados com as médias de 2005 e comparados entre si. Para
maior verificação do desempenho das três cidades foi feito um comparativo com a
média do Estado, da região e do País.
Logo após este
procedimento, as médias foram analisadas e descritas com suas respectivas
alterações e apresentadas em
tabelas. Depois realizaram-se as descrições dos resultados
acompanhados de discussões em sustentação teórico.
Fundamentação
Teórica
Têm-se no Brasil várias
formas de analisar o desempenho dos estudantes, tanto da rede pública como da
rede privada, SAEB, SPAECE, PROVA BRASIL, ENEN e outros são alguns dos meios
utilizados para avaliar tais alunos.
É a partir desse
diagnóstico ou sondagem do panorama nacional que pode-se tirar conclusões sobre
o desenvolvimento da educação no país.
Os resultados do IDEB vêm
demonstrar o desenvolvimento da educação básica do país, no entanto, ao contrário
do que pode pensar, o IDEB, assim como os outros processos avaliativos da
educação brasileira, não está apenas preocupado com índices quantitativos mas
também qualitativos.
Não deve-se perder de
vista a qualidade da escola oferecida à população. Os avanços quantitativos devem
ser reflexo das melhorias qualitativas. Soluções para problemas de fluxos de
abandonos e carências dos alunos para serem apresentados através da análise dos
dados. Como consta em documento do INEP 2004, vimos que “a educação comporta
fenômenos complexos e assim deve ser analisada, aprofundando a investigação em
busca de um diagnóstico mais claro e útil para a tomada de decisões.”
Estas avaliações são
importantes para o conhecimento dos avanços obtidos e para detectar os problemas do sistema
educacional.
Daí a necessidade dos
resultados serem estudados e analisados.
Resultados
e Discussões
Ao analisarmos os
resultados do IDEP, verificamos primeiramente o resultado obtido pelo país que
tinha média de 3,7 em 2005 e avançou para 4,2. Importante avanço, porém a meta
é alcançar os países desenvolvidos onde a média é 6,0. Este dado foi necessário
para compararmos os desempenhos dos municípios com a média Nacional.
A região Nordeste
apresenta os maiores saltos de qualidade na educação básica alcançados na
avaliação de 2007. A
meta para o 5º ano do ensino fundamental era 3,0 e obtivemos 3,5 para este
ciclo , o objetivo dos 9º anos do ensino fundamental era alcançar a média 2,9 e
obtivemos 3,1; para o 3º ano do ensino médio a meta era 3,0 e alcançamos 3,1. O
estado cearense é o dono de avanços bastante significantes. A meta para o 5º
ano era 3,2 e obteve-se 3,8; o 9º ano tinha como meta a média 3,1 e obteve 3,5;
o 3º ano do ensino médio tinha como meta alcançar 3,3 e obtiveram 3,4.
Lembramos que estes são dados do IDEB de 2007.
Com base nestes dados
partimos agora à apresentação e análise de dados das escolas dos municípios de
São Benedito, Tianguá e Ipú.
Tabela
das escolas de São Benedito e suas respectivas médias.
Escolas
|
2005
|
2007
|
AF*
|
Filonila de
Carvalho - EMEB
|
-
|
3,1
|
-
|
Francisco
Cassiano do Amaral - EMEB
|
2,8
|
3,4
|
-
|
João Batista
Salustiano de Aguiar
|
-
|
3,5
|
-
|
Menino Jesus
- EMEB
|
3,0
|
3,4
|
-
|
Monsenhor
Otalício - EMEB
|
-
|
3,7
|
X
|
Francisco
Coelho de Paula – E.E.F.M.
|
3,0
|
2,7
|
X
|
Ministro
Antonio Coelho – E.E.F.M.
|
3,4
|
4,4
|
-
|
Raimundo de
Carvalho Lima - EMEB
|
-
|
3,5
|
X
|
Tomaz
Brandão – E.E.F.M. Dep
|
3,7
|
3,9
|
-
|
Dep. Fco
Júlio Filizola EMEB
|
2,8
|
3,8
|
-
|
E.E.F.
Isaías Gonçalves Damasceno
|
2,7
|
3,7
|
X
|
* Anos Finais
Nas escolas do Município
de São Benedito observamos um grande avanço na educação básica.
Escolas que ainda não
tinham participado das provas obtiveram médias que superavam as metas
estabelecidas. A escola Raimundo de Carvalho Lima alcançou média de 3,5 e sua
meta para 2009 é de 3,9. O município no geral obteve nota 3,7 ultrapassando
inclusive a média do Nordeste e ficando em décimo atrás do Estado que alcançou
3,8.
AS escolas que tiveram os
anos finais avaliados surpreenderam e alegraram a comunidade estudantil e os
professores formadores pois apenas uma escola a Francisco Coelho de Paula
regrediu de sua média anterior que era 3,0, regressão de 0,3 décimos atingindo
apenas 2,7.
Os avanços foram
significativos, mas não suficientes, é necessários um trabalho longo e sério
por parte de todos que tratam deste sistema já tão debilitado, por todos estes
anos de abandono. A esperança começa a aparecer, principalmente em regiões como
as dos estados nordestinos já tarjados como atrasados e retroativos, escolas
superando o descaso e atingindo médias superiores à média nacional um exemplo é
escola Ministro Antonio Coelho que obteve média 4.4. A questão é ampla e o
caminho a ser percorrido é longo, é à nós futuros profissionais da educação que
cabe dar continuidade e potência à estas conquistas.
Tabela das Escolas de Tianguá e suas
respectivas médias
A
|
I*
|
A
|
F
|
|
Escolas
|
2005
|
2007
|
2005
|
2007
|
C.E
Antonio José da Rocha
|
3,4
|
3,3
|
3,3
|
3,8
|
C.E
Coração de Maria
|
--
|
3,4
|
2,8
|
2,9
|
C.E
de Tianguá
|
3,7
|
3,8
|
3,1
|
3,1
|
C.E
Professor Benjamim Cavalcante
|
3,2
|
4,0
|
3,3
|
3,4
|
C.E
Professor Osvaldo Nogueira Lima
|
2,6
|
3,7
|
3,0
|
3,8
|
C.E.F Frei Gervasio
|
3,7
|
3,9
|
3,7
|
3,9
|
E.E.F Lali Corréia
|
3,2
|
3,4
|
3,3
|
3,3
|
E.E.F Professora Ester de Aguiar de
Meneses
|
3,4
|
4,2
|
2,9
|
3,6
|
E.E.F Raimundo Lopes
|
--
|
2,3
|
--
|
--
|
E.E.F Santo Antonio
|
--
|
2,6
|
--
|
--
|
E.E.F Dom Francisco Xavier H.
Harneda
|
2,7
|
5,4
|
--
|
--
|
E.E.I.F Cândido Xavier
|
--
|
3,1
|
--
|
--
|
E.E.I.F Nossa Senhora Das Graças
|
3,1
|
3,5
|
--
|
2,5
|
E.E.I.F Professora Maria Ofélia de V. Portela
|
3,1
|
2,6
|
--
|
--
|
E.E.I.F Tereza Nunes
|
2,6
|
3,6
|
--
|
--
|
E.E.I.F Professora Ofélia Portela Mota
|
--
|
3,2
|
--
|
3,7
|
E.E.F.M Manoel Francisco de Aguiar
|
--
|
--
|
3,3
|
--
|
E.E.F.M Tancredo Nunes de Menezes
|
--
|
--
|
4,1
|
--
|
E.E.F.M Monsenhor Aguiar
|
--
|
--
|
3,2
|
3,4
|
E.E.I.F Frei Fontanela 2,9
|
2,9
|
3,8
|
--
|
3,5
|
AI* Anos Iniciais. AF* Anos Finais.
Nas escolas do município
de Tianguá os resultados do IDEB foram bem positivos, como na escola Profª
Ester de Aguiar que obteve um grande avanço, como a nota de 2,9 em 2005 e de
3,6 em 2007, nos anos finais. No entanto, podemos observar ainda alguns
déficits de aprendizagem quanto ao avanço dos alunos de algumas escolas, como
na escola Profª Maria Ofélia que obteve uma nota de 3,1 em 2005 e 2,6 em 2007
nos anos iniciais.
Alguns problemas
enfrentados pelas escolas encontram-se nos sistemas educacionais; professores
que muitas vezes não são bem remunerados e ainda encontram-se em situação
instável na escola, este fato leva a uma má ação dos profissionais que reflete
diretamente na aprendizagem do aluno. Mello ( 2006-2007 ) nos fala que “a
formação dos professores não é parte da solução, e , sim parte do problema de
qualidade da educação básica.” Em vista disso as escolas buscam melhorar a qualidade do ensino
desenvolvendo projetos, capacitação continuadas e planejamentos.
Os resultados observados
do IDEB levam a refletir sobre as políticas pedagógicas desenvolvidas nas
escolas e, ainda sobre a educação e a sua função como agente transformador da
sociedade.
Tais resultados mostram o
quanto o ensino brasileiro precisa melhorar para atingirmos uma boa média na
qualidade da nossa educação.
Tabela
das escolas do Município de Ipú e suas perspectivas.
Nº
|
Escolas
|
AF*
|
AI*
|
||
2005
|
2007
|
2005
|
2007
|
||
1
|
Abdias
Martins de Sousa Torres E.M.E.F
|
-
|
3,0
|
1,7
|
3,3
|
2
|
Abílio
Martins E.M.F.F
|
-
|
3,3
|
2,1
|
2,4
|
3
|
Auton
Aragão E.E.F.M.
|
3,1
|
3,4
|
-
|
-
|
4
|
Delmiro
Gouveia E.E.F.M.
|
2,9
|
3,4
|
-
|
-
|
5
|
Gonçalo
de Sousa Martins E.M.E.F
|
-
|
-
|
-
|
2,5
|
6
|
Gonçalo
Lima E.E.F.M. Mons.
|
3,1
|
3,6
|
-
|
-
|
7
|
João
de Paulo Belém E.M.E.F
|
-
|
2,9
|
2,2
|
2,3
|
8
|
João
Sampaio de Araújo E.M.E.F
|
-
|
3,1
|
-
|
2,7
|
9
|
José
Lourenço E.P.G.
|
3,0
|
3,5
|
-
|
-
|
10
|
Maria
Eunice Martins Melo Aragão E.M.E.F
|
-
|
-
|
-
|
3,3
|
11
|
Maria
Laura Sampaio E.M.E.F
|
-
|
-
|
2,5
|
-
|
12
|
Moacir
Alves Timbó E.M.E.F
|
-
|
-
|
-
|
2,4
|
13
|
Monsenhor
Francisco Correia Ferreira E.M.E.F
|
-
|
-
|
2,0
|
3,1
|
14
|
Mundo
Encantado E.M.E.F
|
-
|
-
|
-
|
3,6
|
15
|
Pedro
Camelo da Silva E.M.E.F
|
-
|
-
|
-
|
2,8
|
16
|
Profª.
Maria Valdemira Coelho Melo E.M.E.F
|
-
|
2,8
|
-
|
2,8
|
As escolas do município do
Ipú também obtiveram alguns avanços.
Analisaremos cada uma na ordem da tabela exposta acima.
A escola 1 não havia sido
avaliada no ano de 2005, no entanto obteve uma boa classificação com média 3,0
nos anos finais e 3,3 nos iniciais. A escola 2 teve 3,3 para os anos finais e
2,4 para os anos iniciais em 2007 apresentando um pequeno avanço. Na 3 temos a
escola com índice de 3,4 em 2007 elevando sua média em relação à 2005 onde
contava com a média 3,1 para os anos finais. Percebemos em todas as escolas um
leve aumento em seu rendimento.
Sabemos que o caminho das
pedras ainda não foi descoberto, mas sabemos também que só a partir de dados
precisos sobre o desempenho dos alunos é que poderemos detectar os problemas e
apontarmos soluções.
Considerações
Finais
Constatamos através desta
pesquisa que as dificuldades são grandes, porém um trabalho árduo e feito com
dedicação pode e deve começar a mudar este quadro.
A ação transformadora
dessa realidade começa hoje com os novos profissionais que terão (ou já estão
tendo) a oportunidade de mudá-la, buscando novas práticas educativas e estando
sempre querendo aproximarem-se de uma realidade diferente, melhor.
Os bons resultados
devem-se a preocupação das escolas em desenvolver projetos de leitura, oficinas
de leitura, aulas dinâmicas e, acima de tudo, com um corpo docente que pode
garantir a aprendizagem como um processo intencional, sistemático e
teoricamente fundamentado.
Esta pesquisa não encerra
os estudos sobre este assunto, deixando então possibilidades para outros
pesquisadores aprofundarem mais.
Referências
Bibliográficas
BRASIL.
Ministério da Educação. Qualidade da
Educação. Uma nova leitura do desempenho dos estudantes da 3ª série do
Ensino Médio. Brasília: INEP, janeiro 2004
MELLO,
Guiomar Nano de. Periódico, Pátio, Ano X, número 40, PORTO Alegre, nov.
2006/janeiro 2007.
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