Prof. MS
Vicente Martins[3]
Este
estudo apresenta aspectos da gramática da língua a que o ensino não tem dado a
devida atenção e afirma que um campo interessante para gramática reflexiva em
torno da semântica e pragmática dos recursos lingüísticos é o emprego dos
tempos e modos verbais. Partindo delas, o professor pode atingir um resultado
mais satisfatório, porque está contextualizando a gramática e, dessa forma,
conduzindo o educando a refletir sobre a própria língua e ampliar sua
capacidade lingüística. Este estudo teve como objetivo reconhecer a importância
do ensino da gramática numa visão sociolingüística desprovida de preconceitos e
valorizando os diferentes usos lingüísticos nos contextos comunicativos. A
metodologia utilizada foi um estudo bibliográfico através de autores como De
Nicola e Infante; Samento; Sacconi; André; Travaglia e Silva Júnior. A partir
dos resultados constatou-se que segundo o embasamento em teorias semântico-pragmáticas
e textuais, esta pesquisa tentará dar conta de seus objetivos, pois acredita-se
que, partindo delas, o ensino de português possa tornar-se mais eficiente, ou
seja, permitir que o falante consiga transferir o conhecimento adquirido numa
situação de interação verbal. A partir do momento que tal fato realizar-se, o
ensino de língua materna terá cumprido seus objetivos.
Palavras-chave:
Ensino da Gramática, Língua Materna; Gramática Normativa; Linguagem
1. INTRODUÇÃO
Este
estudo procura mostrar através de pesquisas os melhores recursos de ensino da
gramática aplicada no cotidiano do aluno com a finalidade de melhorar a prática
pedagógica em sala de aula, fazendo da Língua Materna o ponto de partida para o
aprendizado de outras Línguas.
A
língua portuguesa precisa ser valorizada e cabe a nós, profissional da área,
fazer isto acontecer. Incentivando os alunos a lerem e a produzir textos,
utilizando a gramática como suporte para que seus textos saiam bonitos. Podemos
assim conseguir realizar esta meta.
No
mundo atual escrever é importante e necessário. Justifica-se o estudo em pauta
pela oportunidade de mostrar que saber comunicar-se, usando a escrita é um dos
fundamentos da capacidade de ser e realizar, da cidadania e da competência. A
tão propagada era do computador, que, muitos afirmam, iriam diminuir muito a
necessidade de papel e escrita fez o inverso: nunca tanta informação e
conhecimento circulando entre tantas pessoas e de modo tão rápido, fizeram as
pessoas se comunicaram tanto (e-mails, chats, etc) fazendo com que todos
escrevam mais e mais. Neste contexto observa-se que escrever bem exige conhecer
as regras e bons autores do idioma que se escreve. E é nesse momento que o
professor da Língua Portuguesa deve procurar acompanhar a evolução tecnológica,
buscando melhores métodos de ensino da gramática pela vivência, a fim de
transmitir nosso saber de forma lúdica e prazerosa sem ter aquelas regras frias
e inflexíveis, mas como um conjunto de orientações práticas e acessíveis.
2.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2.1.
Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano estruturaram sua gramática normativa e
desenvolvem didaticamente o ensino de gramática:
Esta obra é apresentada em
volume único e dividida em literatura, gramática e produção de texto.
Na
parte de gramática são apresentadas as principais regras gramaticais
estabelecidas pela norma culta. Textos das mais variadas origens, charges
quadrinhos e cartazes de rua foram empregados para explicitar algumas regras e
facilitar a compreensão dos conceitos abordados.
O
trabalho com as variantes lingüísticas e os diferentes níveis de formalidade,
porém, não foi esquecido. Concentram na parte de produção de texto as
aplicações e os exercícios voltados ao emprego contextualizado da língua. A
apresentação de diferentes portadores de textos na parte de gramática, porém,
contribui para que haja espaço para esse trabalho em diversos momentos.
-
A linguagem
Os autores tratam deste
assunto da variação lingüística com muita importância. Consideram que é preciso
ficar claro para o aluno a importância de o falante da língua conseguir ajustar
seu registro de fala às diferentes situações que encontra em seu dia-a dia.
Esse conhecimento é essencial.
Se a idéia da variação
lingüística ficar clara ao estudante, as chances do desenvolvimento da
discriminação lingüística diminuirão bastante, pois o aluno perceberá que não
há registro melhor ou pior e que cada um serve a momentos e situações
específicos.
- Ortografia
Este é um capítulo de
consulta. Constatados problemas de ortografia nas produções dos alunos
recomendam que consulte o capítulo.
-
Dificuldades da língua
Este é um capítulo também
de consulta. Constatados problemas com as expressões apresentadas nas produções
dos alunos, recomendar que leiam o capítulo.
-
Estrutura e formação das palavras
Um aspecto geralmente
difícil para o estudante é as vogais e consoantes de ligação. Este tópico é
dado de acordo com as necessidades da classe.
-
Substantivo e artigo
Sugerem que, no estudo do
artigo, seja explicado que cada artigo comporta uma significação dentro do
texto. Alguns exemplos são esclarecedores. Na frase “aquela era a mulher
da minha vida”, o artigo destacado sublinha o caráter único, especial, do
elemento que acompanha (“mulher”).
-
Adjetivo e numeral
A sugestão é que os adjetivos
menos importantes (considerando-se sua utilização no cotidiano), como os
adjetivos pátrios, por exemplo, recebam menos atenção em favor de tópicos
notoriamente essenciais, como as flexões. Sobre os numerais, sugere-se que o
capítulo sirva como consulta.
-
Pronome
Este é
um capitulo extenso, pois a classificação dos pronomes é dado em toda a sua
amplitude. Desse modo, um estudo que se queira produtivo tem de levar em conta
a importância de cada tópico. A parte destinada ao pronome relativo, por exemplo,
poderá ser citada rapidamente, para mais tarde ser estudada em conjunto com as
orações subordinadas adjetivas, quando o estudo dos relativos terá sentido mais
claro para os alunos.
-
Verbo
Um ponto importante esquecido nas
aulas de gramática são os nomes dos tempos verbais. Dificilmente o aluno
aprende por que há um tempo verbal que se chama “pretérito-mais-que-perfeito”.
Apenas decora o nome, sem saber sua origem.
Comentam
que “pretérito” é aquilo que passou. Por isso designa o tempo passado. “Perfeito”
é aquilo que foi totalmente terminado. Assim, um verbo no pretérito perfeito
indica, por exemplo, uma ação que foi acabada: “Fiz o que você pediu”,
“Imperfeito” é algo que não foi acabado. Portanto, o pretérito imperfeito
indica, geralmente, uma ação interrompida em algum momento, antes de seu fim:
“Estava acendendo a lareira quando ela chegou”. Seguindo o raciocínio, comentam
que o “pretérito-mais-que-perfeito” tem esse nome porque indica, por exemplo,
uma ação anterior a um momento passado indicado; o momento passado é o
“perfeito”, enquanto o anterior a esse é o mais-que-perfeito. Outro nome que
merece explicação é o “futuro do pretérito”, que indica um momento no passado
em que havia uma projeção para o futuro: Naquele dia, imaginei que seríamos grandes
amigos no futuro.
Sugerem que seja dada
atenção especial aos exercícios sobre verbos. Eles ajudarão os alunos a
entender a complexa parte teórica. Fazer os exercícios simultaneamente ao
estudo da teoria é uma boa idéia.
-
Advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
A
experiência indica que apenas a prática é capaz de mostrar ao estudante o que é
o advérbio. É por meio de explicações dentro dos textos que se percebe como
ocorre sua utilização. O mesmo acontece com a preposição. Desse modo, em lugar
de decorar conceitos, sugere-se que os alunos pratiquem bastante, para que
percebam no uso a função de cada classe gramatical.
O
estudo do sentido das preposições é bastante importante, pois não cria a idéia
de que são elementos sem significação própria. Sugere-se dar certa ênfase a
essa parte.
A
conjunção é bem explorada durante o estudo do período composto, quando os
alunos realmente entenderão sua utilidade. É dada apenas uma visão geral desse
assunto.
As
interjeições são elementos bastante adequados ao texto narrativo, pois podem
aparecer na fala de personagens, já que expressam estado de espírito.
-
Período Simples e Período composto
A característica principal
desses dois capítulos é a quantidade de classificação, seja de conjunções ou de
orações. Assim a ênfase dada aos exercícios, à prática, que deverá, aos poucos,
esclarecer dos alunos a razão das classificações.
-
Pontuação
Serve mais para consulta
-
As palavras “que” e “se”.
As partículas “que” e “se”
oferecem dificuldade a analise por terem muitas classificações. Este capítulo
esmiúça didaticamente cada ocorrência.
-
Sintaxe de colocação
Neste capítulo retorna a
questão da variação lingüística e da discriminação a determinados registro de
fala, visto em capítulo anterior.
-
Sintaxe de concordância
Sugerem
explicitar cuidadosamente as relações entre os elementos, concordantes, assim
como conceito de nome. As explicações são entremeadas por exercícios
individuais ou em classe para facilitar o entendimento dos conceitos.
-
Sintaxe de regência e emprego da crase
São
dadas as mesmas indicações do capitulo anterior, pois ambos os tópicos têm
estruturas básicas semelhantes.
2.2. Contextualizando a gramática
normativa e o ensino de gramática sob a óptica de José Nicola e Ulysses Infante
Estes autores desenvolvem
sua gramática dirigindo-se diretamente ao aluno levando em conta o professor,
com seu papel de orientador, companheiro do aluno na aprendizagem.
Produziram uma gramática
que se caracteriza por uma extrema clareza de conceitos, sem, com isso, torná-la
maçante. Os fatos da língua são sempre expostos de forma ampla, sendo
relacionados com a experiência lingüística do cotidiano. Aluno e professor
discutem e analisam um sistema comunicativo vivo e dinâmico, presente em
diferentes níveis de fala do português contemporâneo: textos literários
modernos (Fernando Pessoa, João Cabral de Melo Neto. Carlos Drummond de
Andrade, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Vinícius de Morais, Mário de
Andrade, Oswald de Andrade), letras de músicas (Noel Rosa a Chico Buarque,
Caetano Veloso e Milton Nascimento), histórias em quadrinhos (incluindo versões
brasileiras e portuguesas) notícias de jornais, anúncios publicitários,
grafites.
Todo o material
lingüístico foi organizado de maneira a fugir às formas cristalizadas que proliferam
nos manuais do gênero fórmulas desgastadas, nem sempre provenientes de uma
reflexão ou experiência didaticamente comprometidas. Convencidos de que a
palavra isolada é um fato artificial, elaboravam os apêndices de morfossintaxe,
em que cada classe gramatical é vista de maneira dinâmica, em sua inter-relação
com os demais, no todo significativo que é a frase. Da mesma forma, pontuação e
crase são mostradas também como apêndices, pois estão intimamente ligados aos
fatos sintáticos.
Nenhum fato gramatical é
apresentado de forma teoricamente estéril: afinal, a língua é “a parte social
da linguagem”, e seu aprendizado deve ser uma vivência constante e instigante.
Não há passagem em que não se procure valorizar a expressividade da seleção
vocabular e da construção sintática, incutindo no aluno a percepção dos valores
afetivos da linguagem. Daí a presença de textos inteiros para estudo, nunca de
frases isoladas. Daí, também, não resistirmos à tentação de ver na gramática um
instrumento de interpretação do mundo. Acreditam que sua posição conta com a
solidariedade de alguns mestres. Com a palavra, Paulo Freire: “A leitura do
mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a
continuidade da leitura daquele.”
Isso os levou a uma
novidade nos livros de gramática: a elaboração de questões que levam a
respostas pessoais, estimulando a reflexão, bem com a elaboração de exercícios
resolvidos, em que exploram não só a aplicação da teoria estudada, mas também o
seu papel como instrumento de “leitura do mundo”. Essas resoluções encontram-se
respaldadas na voz de grandes mestres dos estudos da língua portuguesa, sempre
citados nos quadros entremeados à exposição da matéria e que atuam como leitura
complementar. Encontram-se aí nomes como Mário Barreto, Said Ali, João Ribeiro,
Rodrigues Lapa e Mattoso Câmara Jr., entre outros.
Há também questões e os
testes de vestibulares cuja novidade é exatamente a inclusão desse novo
conceito de questões de vestibulares.
Por fim, é um livro bem
atual destinado a alunos e professores que desejam colocar seus conhecimentos
dentro dos níveis atuais e coerentes com os novos avanços do mundo.
2.3. A gramática normativa e o ensino da gramática
de Luiz Antonio Sacconi
Esta obra apresenta-se com
ilustrações que estimulam o aprendizado. As explicações, desenvolvidas em tom
de conversa com o aluno, mantêm a clareza e a objetividade.
Esta gramática procura
resolver duvidas sobre este assunto. Cada tópico vem acompanhado de teorias,
principais dúvidas e exercícios.
O índice alfabético no final do livro,
prático e completo permite a solução rápida das dúvidas gramaticais do leitor e
a fácil focalização de qualquer assunto que este possa se interessar.
É, portanto, uma obra em
que o autor expõe cada assunto com clareza, simplicidade e facilidade, sem
deixar de ser profundo.
Como diz o autor: “Desconhecer
a língua é vergonhoso, desrespeitá-la é afrontoso. O princípio da
nacionalidade, do civismo e da própria cidadania começa com o respeito à língua
pátria. Ame-a, cultive-a quanto puder!”
2.4.
A gramática normativa e o ensino da gramática na visão Hildebrando A. de André
Esta obra destina-se aos
professores, os estudantes, os candidatos a concurso e exames de habilitação
como também os profissionais de todos os níveis que buscam reciclar seus
conhecimentos gramaticais. A matéria contida na obra é a que consta nos
programas oficiais e tem aplicação imediata no falar e no escrever do
dia-a-dia. A parte doutrinária é exposta de modo sucinto e claro, os inúmeros
exercícios apresentam-se dispostos didaticamente para acompanhar as explicações
dos mestres nas aulas e solucionar uma a uma as duvidas decorrentes da pratica.
Os exercícios visam
facilitar não apenas o trabalho escolar, como o uso do idioma no âmbito
profissional. Assim, há um grande número de citações, tanto de nossos grandes
clássicos, como de renomados escritores contemporâneos. Com isso, a tradição
lingüística do Português, espelhada por tantos exemplos se há de mostrar melhor
eficazmente guiará a todos os que prezam a língua pátria e se utilizarem desta
obra.
2.5.
O ensino de gramática na linguagem falada sob a visão de Luiz Carlos Travaglia
Para este professor a
linguagem falada não foi estudada por muitas gramaticais tradicionais até pouco
tempo, por isso poucos estudos têm sido feito nesse campo. Mesmo a Lingüística
moderna fundada a partir do Estruturalismo e em parte continuada pelo
gerativismo, também não trabalhou muito com a língua falada, pois estava mais
interessada no sistema lingüístico (langue para Saussure, competência para
Chomsky). Às vezes essas teorias ou modelos analíticos usavam ocorrências da
língua falada como material para chegar ao sistema lingüístico, mas não
buscavam uma descrição da língua falada enquanto tal em oposição e comparação
contrastiva com a língua escrita. O interesse por uma descrição específica da
língua falada só surgiu nas últimas décadas. Parece-lhe que os primeiros
trabalhos se devem à Sociolingüística Variacionista. No Brasil a partir da
década de 1970.
Para Travaglia, a
Lingüística trouxe teorias e modelos analíticos diversos que tanto podem ser
usados no trabalho com a língua falada. Quando participou do projeto de
Gramática do Português Falado (PGPF) que se iniciou em 1987 e se estendeu por
mais de uma década, o que tinham não era um modelo teórico novo para a língua
falada, mas a aplicação à mesma de modelos já existentes de analise. Tinham uma
média de cinqüenta pesquisadores desenvolvendo um ou mais estudos por ano e
cada um utilizava os modelos em que sua formação o tornava mais capacitado, o
modelo em que ele se especializara. Certamente se tratou da fonologia, da
morfologia, da sintaxe e dos textos da língua segundo diversos modelos
teórico-analíticos. Todavia o que foi observado é que a língua falada da qual
antes não tratava. Para isto certamente tem vencido desafios que surgem a todo
instante. Assim a Lingüística teve de desenvolver métodos e técnicas para:
a) a coleta de material de língua falada;
b) a transcrição do material gravado;
c) registro não só sonoro da língua, mas
a situação, os elementos paralingüísticos como gestos e expressões fisionômicas
que na língua falada podem desempenhar papel fundamental na comunicação de
conteúdos.
Para ele os cursos de
graduação em Letras e Lingüísticas precisam não só passar informação, mas
também ensinar a raciocinar, a pensar, a fazer ciência. O estudante de um curso
de Letras tem de estudar sobre o resultado dos estudos lingüísticos (a
gramática descritiva) tanto o que foi descoberto pelos Estudos Lingüísticos
tradicionais, quanto o que foi e está sendo descoberto pelas teorias e modelos
lingüísticos do inicio do século XX para cá. Quanto aos currículos crê que
todos têm procurado fazer o melhor, e a grade de disciplinas e seu fluxograma,
o mais importante para a formação dos profissionais da área de Letras e
Lingüística é o que professores e alunos fazem durante o curso, como trabalham,
como buscam, como cultivam ou não um espírito cientifico no tratamento das
questões todas.
Para Travaglia, o método
mais eficiente para se realizar uma analise da língua falada é: a) ter alguns
cuidados metodológicos para coleta do material, sua transcrição e sua posterior
análise, usando um ou mais dos vários modelos teóricos com devido cuidado para
evitar reducionismo; b) evitar estudar o falado com olhar de quem se acostumou
a estudar o escrito, ou vendo a fala como um arremedo da escrita e, sobretudo,
na análise; c) evitar qualquer viés que possa perturbar a visão mais clara e
sem preconceitos do material sob estudo.
O professor de língua
materna deve ensinar a Gramática normativa, mas é preciso fazê-lo não na visão
de que só se pode usar a língua de um determinado modo, com o expurgo os demais
modos. Para ele a gramática normativa deve ser trabalhada com o aluno como uma
espécie de regras sociais do uso da língua, uma espécie de “etiqueta” para o
uso das diferentes variedades e seus recursos, pensando mais na adequação do
como se diz aos efeitos do sentido pretendidos, aos objetivos que se quer
alcançar com o dizer (falando ou escrevendo) e à situação específica de
interação em que se está muito envolvida. Por isto importa muito ver estudo da
gramática da língua como o estudo das condições lingüísticas da significação. Isto
resulta no desenvolvimento da competência comunicativa.
Para ele a gramática
normativa não diz quais são as unidades, construções, categorias de uma língua
e nem explica como elas funcionam e nem analisa elementos da língua. Quem diz
como a língua é constituída e como funciona é a gramática descritiva. A
gramática normativa é aquela que faz recomendações de como usar a língua.
Tradicionalmente a gramática normativa atinha-se apenas a recomendar as formas
e modos de dizer de norma culta. O que fugia da norma culta não podia ser
usado, pois não tinha qualidade.
Hoje não se restringe a
gramática normativa apenas ao uso da norma culta não é o único parâmetro de
qualidade no uso da língua. Há variedades cultas como a literária, a
científica, a dos documentos oficiais, a dos jornais e revistas e assim por
diante. As normas vão dizer em que situação é socialmente recomendável usar a
norma culta, mas também uma linguagem mais ou menos cortês, ou técnica ou
formal, de uma ou outra região grupo social e assim por diante.
Os professores de Língua
Portuguesa devem utilizar muita criatividade, conhecimento e consciência do que
está fazendo em sala de aula e para quê está fazendo. O ensino de teoria
gramatical e de nomenclatura é improdutivo do ponto de vista da formação de
usuários competentes da língua. O estudo apenas do uso pode gerar lacunas culturais,
e por falta de conhecimentos teóricos necessários socialmente, mas é preciso
lembrar quem em termos da população em geral não é necessário formar analistas
da língua.
É preciso que o professor
siga estes passos: a) ninguém faz um trabalho interessante com aquilo que não
conhece bem. É preciso estudar bem, procurando o máximo de informação sobre o
tópico que será objeto de estudo; b) É preciso lembrar que o trabalho em sala
de aula depende de opções políticas, culturais, educacionais, pedagógicas,
lingüísticas, etc. Assim é preciso decidir, por exemplo, com que variedades
lingüísticas se vai trabalhar? Qual será a meta: formar usuários competentes da
língua ou analistas da língua? Que tipo de ensino da língua vamos fazer:
prescritivo, descritivo ou produtivo? Qual concepção de língua e gramática que
rege seu trabalho? Com que categorias de textos (tipos, gêneros, etc.) vai
trabalhar? c) É preciso observar onde os alunos estão e onde se quer fazê-los
chegar; d) Finalmente é preciso usar boa vontade e criatividade para trabalhar
do modo mais pertinente possível, mostrando ao aluno a necessidade para sua
vida do que a escola lhe apresenta.
2.6.
A visão de Jurandir Marques Silva Junior sobre o ensino de gramática no ensino médio.
Segundo Jurandir, o uso da
gramática, em geral, no ensino da Língua Portuguesa nas escolas, vem gerando
muitas polêmicas ao longo dos anos. Pretende, então, à luz da razão, mostrar as
incoerências gramaticais quanto do ensino posto em prático nas escolas sejam
elas particulares ou públicas.
O que ele vê dentro de
sala de aula é tentar-se anular diversidades lingüísticas que expressam
diferenças e conflitos existentes entre grupos etários e éticos e entre classes
sociais. Podemos entender que a gramática tem sido o objeto do ensino de
português no Brasil e não a língua como deveria ser. Em conseqüências, estão
sendo transmitidos aos alunos do Ensino Fundamental e em especial do Ensino
Médio conceitos linguagens falhas.
Refletindo sobre esse
ensino em prática pelas escolas públicas e particulares, verifica-se uma
gramática lastimável que é encher a cabeça do estudante com algo inútil,
confuso, incompleto o conhecimento teórico não contribui significativamente
para o domínio da língua. Considerando a inutilidade desse conhecimento imposto
pelo aluno como verdadeiro crime. Geraldi (1987, p.21) afirma que “O ensino da
língua foi desviado para o ensino da teoria gramatical”.
Para Jurandir a função da
escola é o ensino da língua padrão, não é com teoria gramatical que ela
concretizará seu objetivo. Esses contrastes levam o estudante ao desinteresse
pelo estudo da língua, pois quando pensa haver entendido o conteúdo trabalhado
em sala de aula, amargura-se ao se deparar com determinadas construções, pois
não consegue entender o enunciado, daí resultam as frustrações, reprovações,
recriminações que começam pela própria escola e o preconceito lingüísticos de
que não sabe português. Este resultado se obtém através do ensino centrado na
Gramática Tradicional – o conhecimento se esvai por falta de sustentação
cientifica: é como caminhar por sobre o lodo; não há firmeza nos passos dados e
a queda é inevitável.
A Gramática tradicional é
fruto de uma preocupação da escola em mostrar ao estudante a língua considerada
padrão pela elite cultural que insiste em se pautar por modelos clássicos de
século III a.C. Sabe-se que, através da história, a cidade de Alexandria, no
Egito, foi considerada naquela época, importante centro da cultura grega. A
grande literatura clássica da Grécia despertou o interesse dos estudiosos desse
campo, pois estavam preocupados na presença da pureza da língua grega. Dessa
forma nasceu a gramática que em grego significa “a arte de escrever”. As regras
gramaticais foram criadas voltadas para o uso literário dos grandes escritores
do passado, recebendo o nome de Gramática Tradicional.
Ao analisar os fenômenos
lingüísticos, pode ressaltar dois equívocos fatais: o primeiro, consiste em
separar rigidamente a língua escrita da falada; o segundo na forma de encarar a
mudança das línguas que eles acreditavam ser uma corrupção, “decadência” também
concebida por muita gente até hoje. Em função desses equívocos formou-se o
“erro clássico” no estudo da linguagem que só foi enxergado no final do século
XIX e no inicio do século XX com o surgimento da lingüística. Enquanto não
houver uma proposta pedagógica capaz de eliminar esses equívocos ocorridos no
ensino da língua e uma mudança substancial das motivações ideológicas que
sustentam esse ensino mutilado, castrador, a gramática tradicional permanecerá
como alvo critico preferido, embora se reconheça ser ela o ponto de referencia
para o ensino Fundamental e Médio.
Para Jurandir deve-se
utilizar a gramática no ensino de Língua Portuguesa, embora se saiba que ela em
si não ensina ninguém a falar, contudo ajuda na medida em que se saiba separar
o útil.
Conclui então, que a
gramática não significa ser uma única fonte para o ensino de língua nas escolas
e o professor deverá ser dinâmico e deixar de comodismo e procurar colocar boa
quantidade de atividades de pesquisas que possibilitem o aluno a produzir o seu
próprio conhecimento lingüístico. Assim o aluno passará a entender que as
regras da norma culta são variáveis e que o emprego de uma forma pode ser
normal numa modalidade lingüística também é necessário que os gramáticos e
lingüísticos formem uma simbiose, para que haja espaço dentro de sala de aula
para o ensino de “gramáticas” e que a elite cultural se conscientize de que
houve mudanças profundas na língua padrão concebida pela gramática Tradicional
e que no Brasil já não se fala o português de Portugal, e sim, o português
brasileiro.
3.
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se
de uma pesquisa descritiva com abordagem bibliográfica. Este tipo de pesquisa
tem como principal vantagem permitir ao investigador uma cobertura de uma gama
de fenômenos muito mais ampla do que aquele que poderia pesquisar diretamente.
Esta vantagem se torna particularmente importante quando o problema de pesquisa
requer dados muitos dispersos pelo espaço (GIL, 1996).
Na primeira parte do
trabalho fez-se uma pesquisa bibliográfica sobre a visão de autores como Leila
Luar Samento e Douglas; José Nicola e Ulysses Infante; Luiz Antônio Sacconi;
Hidelbrando A. de André que discorrem sobre gramática normativa e o ensino da
gramática; Luis Carlos Travaglia trata do ensino de gramática na linguagem
falada e Jurandir Marques Silva
Júnior sobre o ensino da gramática no ensino médio. Em seguida elaborou-se uma
pesquisa em forma de entrevista semi-estruturada com três professoras de língua
portuguesa do Liceu de Sobral Dom Walfrido Teixeira Vieira, que fica localizado
na Av. Paulo Sanford, Parque Silvana II.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO
DAS ENTREVISTAS
Entrevista 1
Nome: Francisca Mariza de Souza Idade:
36 Tempo de serviço: 7 anos
Formação
acadêmica: Superior
completo
1)
Você leciona a Língua Portuguesa utilizando qual gramática?
R: Reflexiva
2)
O que faz para que seus alunos gostem da Língua Portuguesa?
R: Procuro encantá-los com atividades
lúdicas e que promovem reflexão e lições práticas do uso da língua.
3)
Como você corrige a fala de seus alunos?
R: Com humor para que não haja
constrangimento e esclarecendo que não há fala errada.
4)
Como você vê o uso de tantas palavras inglesas no cotidiano dos brasileiros?
R: Acho um ponto negativo e
desvalorização da nossa língua.
5)
No Brasil, se fala bem português? Se afirmativo diga em que região?
R: Não. Acho que nas capitais temos
falantes que dominam mais.
6)
Nós, brasileiros, respeitamos nossa língua?
R: Não. E a prova é o quanto está
crescente os avanços dos estrangeiros e o aportuguesamento dessas palavras.
Entrevista 2
Nome: Patrícia Veléria Prado Idade:
30 Tempo de serviço: 6 anos
Formação
acadêmica: Letras
Plena
1)
Você leciona a Língua Portuguesa utilizando qual gramática?
R: Gramática Normativa e Reflexiva
2)
O que faz para que seus alunos gostem da Língua Portuguesa?
R: Tento fazer com que eles gostem da
língua portuguesa, através dos textos, literários e com prazer de dominar com
qualidade sua própria língua.
3)
Como você corrige a fala de seus alunos?
R: De forma sutil, sem que eles percebam
que estão sendo corrigidos, mas que eles reflitam sobre o erro.
4)
Como você vê o uso de tantas palavras inglesas no cotidiano dos brasileiros?
R: No momento, isto acontece por conta
da globalização, internet. È algo difícil de evitar, mas o professor deve
tentar evitar isso em sala de aula.
5)
No Brasil, se fala bem português? Se afirmativo diga em que região?
R: Se levarmos em conta as varias
lingüísticas fica difícil de afirmar-mos qual região fala melhor, afinal todos
irão dizer que o seu modo é mais correto que das outras regiões.
6)
Nós, brasileiros, respeitamos nossa língua?
R: Penso que não, mas essa idéia é
antiga, nós brasileiros sempre valorizamos o que não é nosso, e isso acontece
também com nossa língua. Infelizmente, pois a nossa língua é muito rica.
Entrevista 3
Nome: Ana Renata Arcanjo Pinto Idade:
28 Tempo
de serviço: 6 anos
Formação
acadêmica:
Licenciatura Plena em Letras - Português
1)
Você leciona a Língua Portuguesa utilizando qual gramática?
R: Textual
2)
O que faz para que seus alunos gostem da Língua Portuguesa?
R: Um trabalho que tem como prioridade a
Literatura (poesia, contos, etc.) Tão essencial ao processo de sensibilização.
3)
Como você corrige a fala de seus alunos?
R: Não os corrijo, faço com que aprendam
a adequar a linguagem à situação.
4)
Como você vê o uso de tantas palavras inglesas no cotidiano dos brasileiros?
R: Um processo natural, o problema é
quando se passa a usa-los em detrimento de palavras em português.
5)
No Brasil, se fala bem português? Se afirmativo diga em que região?
R: Sim. Cada região tem suas
particularidades e influências que devem ser considerada, assim não há como
afirmar precisamente onde se fala melhor o Português.
6)
Nós, brasileiros, respeitamos nossa língua?
R: Em geral não. Pois respeitar é
valorizar, ter um sentimento pátrio sobre ela, como já disse Fernando Pessoa
“minha pátria é a Língua Portuguesa”, a maioria das pessoas não entende dessa
maneira.
Após receber as
entrevistas respondidas pelas professoras passou-se a analisá-las.
Quando questionadas sobre
o tipo de gramática utilizada pelas professoras estas responderam: reflexiva,
normativa e textual.
Ao questionamento o que
faz para os alunos gostarem do ensino da língua portuguesa as professoras responderam:
promovem atividades, lúdicas, trabalham com textos literários e literatura como
poesia, contos etc.
Quando questionadas se
corrigem as falas dos alunos responderam: de forma sutil, com humor e não
corrijo, faço com que aprendam as regras gramaticais correta.
O que pensam sobre o uso
de tantas palavras inglesas no cotidiano dos brasileiros o que responderam
como: ponto negativo, desvalorização de nossa língua, faz parte da
globalização, um processo natural.
Enfim ao questionamento
sobre o respeito pela língua portuguesa obtemos as seguintes respostas: Não.
Acho que nas capitais temos falantes que dominam mais; penso que não, mas essa
idéia é antiga, nós brasileiros sempre valorizamos o que não é o nosso, e isso
acontece também com nossa língua. Infelizmente, pois a nossa língua é muito
rica; Em geral não. Pois respeitar é valorizar, ter um sentimento pátrio sobre
ela, como já disse Fernando Pessoa “minha pátria é a Língua Portuguesa”, a
maioria das pessoas não entende dessa maneira.
5.
CONCLUSÃO
Ao longo da minha carreira
como professora que começou em 1977, antes mesmo de terminar o curso normal,
identifiquei-me e me apaixonei pela disciplina de Português. Sempre fui
apaixonada por leitura e isto me ajudou bastante para adquirir os conhecimentos
que hoje possuo. Tive grandes mestres em língua Portuguesa
tanto no ensino básico como no ensino Superior. Neste período pude perceber o
quanto minha clientela precisava de minha orientação. Por se tratar da língua
materna, todos deveriam buscar conhecimento para poder lapidá-la melhor e poder
comunicar-se melhor também. Só que isto não acontece e nossa língua esta cada
vez mais sendo misturada com outras línguas, perdendo assim a sua
autenticidade.
Sempre li bastante, pesquiso
e estudo os conteúdos que devo ministrar, mas muitas vezes encontro alunos
dispersos e sem interesse, o que me deixa perplexa e até mesmo desmotivada. Ao
conversar com colegas da área me encho de ânimo, pois temos muitos professores
engajados e de compromisso com a profissão que levanta meu astral.
Comecei ensinando alunos
de uma escola particular onde têm uma bagagem cultural mais elevada devido à
convivência com seus familiares. Com estes, as dificuldade eram diferentes,
pois eles tinham o que chamamos de “base”. Quando entrei na escola pública
senti diferença como “água e vinho”. Além dos problemas culturais vinham outros
de ordem social. Tive bem mais trabalho, mesmo porque, as escolas públicas
nesta época tinham pouca qualidade e o governo não investia muito na educação.
Agora está melhorando mas é como uma gota d’água no deserto. Muita coisa
precisa melhorar a começar pelo salário dos professores.
Muitas escolas têm
deficiência de material didático como livros para os alunos, bibliotecas para pesquisas
e computadores com internet.
Os avanços estão chegando
aos poucos nas escolas, mas falta mais investimento para a capacitação e
reciclagem de professores de professores. Muitos continuam parados no tempo
onde as mudanças estão acontecendo e estes continuam dando aulas de gramática
com livros ultrapassados e métodos arcaicos.
O governo deveria investir
mais nesta mão-de-obra tão preciosa e dá incentivos para que todos se
atualizassem.
Às vezes, me questiono se
a causa do desinteresse dos alunos é minha e verifico fazendo uma
auto-avaliação procurando melhorar minha postura como orientadora de
aprendizagem. Presto bastante atenção também na conduta de meus colegas e troco
idéias para vê se meus alunos melhoram e eu consiga atingir meus objetivos. Por
enquanto vou tentando fazer o que posso, pois minha pedagogia é o amor às
letras e principalmente à nossa língua portuguesa.
Atualmente estou no ensino
médio e minha clientela está abaixo do nível de aprendizagem. Há muita cobrança
por parte do governo e das autoridades das escolas, mas pouco incentivo para
professores. As escolas querem mostrar quantidade e não qualidade e ficam
exigindo que os professores não reprovem ninguém e os alunos perdem até a
motivação de estudar porque “no fim todos passam”.
Gostaria antes de encerrar
minha carreira, olhar para trás e vê que meu jardim está bastante florido, pois
cada aluno que estudou comigo conseguiu se tornar um cidadão responsável e um
usuário competente da língua portuguesa.
Quanto a minha prática, em
sala de aula no ensino de gramática procuro aplicá-la da melhor maneira
possível, mostrando as regras como informação sem cobrança de decorá-las.
Fazendo atividades de fixação usando textos e produções de textos e produções
de textos e produções de textos feitos por eles, aliando teoria à ´pratica. Sugiro que leiam obras
clássicas de acordo com as escolas literárias que estão estudando, procurando
assim enriquecer seus vocabulários.
Procuro usar pouco tempo
no uso da gramática e mais tempo em leitura e produção de textos.
No magistério tenho como
objetivo contribuir para que a educação no nosso país tome um grande impulso,
onde os professores tenham compromissos com os alunos, visando melhorar nossa
educação e assim melhorar também o Brasil tão cheio de problemas e com poucas
opções de soluções.
Através da minha
experiência como professora, atuando com crianças e jovens, posso comparar o
desenvolvimento da aprendizagem de hoje e antigamente. Atualmente temos muito
mais técnicas, estratégias e métodos, mas a tecnologia nas escolas públicas
deixa a desejar. Enquanto em casa muitos alunos têm computador, videogame a sua
disposição, na escola tem quadro de giz e livros. Nossas escolas precisam se
modernizar mais e fazer com que os alunos sintam mais vontade de estar na
escola do que em casa ou na rua. O governo deve investir mais na educação
promovendo esportes, gincanas de redações com prêmios e deixar de usar verbas
públicas em construções de cadeias para infratores de 18 a 20 anos.
Temos muito trabalho pela
frente, principalmente em relação as sistema de avaliação que ainda é
deficiente e evitar tanta evasão e repetência. Temos que nos organizarmos no
sentido de acabar com o “bicho-papão” de provas e promover mais pesquisas para
que nossos alunos estudem pelo prazer e curiosidade e não só para “passar de
ano”. Sentido a importância da aprendizagem não só para si como para se tornar
um cidadão digno e consciente de seu papel na sociedade.
6.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DE
NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática
contemporânea da língua portuguesa. 15. ed., São Paulo: Scipione, 1997.
SARMENTO,
Leila Laular; TUFANO, Douglas. Português:
literatura, gramática, produção de texto.1. ed., São Paulo: Moderna, 2004.
SACCONI,
Luiz Antonio. Nossa Gramática: Teoria e
Prática. 25.ed., São Paulo: Atual Editora, 1999.
ANDRÈ,
Hildebrando A. de. Gramática Ilustrada.
5. ed., São Paulo: Moderna, 1997.
TRAVAGLIA.
Luiz Carlos. Os avanços nos estudos da
língua falada. Entrevista concedida em março de 2005 por Artarxerxes
Modesto. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br
> Acesso em: 29 jan. 2008.
SILVA
JÚNIOR, Jurandir Marques, Qual gramática
ensinar no ensino médio normativa ou textual?
[1] Monografia
apresentada à Universidade Estadual Vale do Acaraú como requisito parcial para
obtenção do título de especialista em Língua Portuguesa
e Literatura.
[2] Aluna do Curso de Especialização em Língua Portuguesa
e Literatura da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
[3] Professor coordenador e orientador do
Curso de Especialização em
Língua Portuguesa e Literatura da Universidade Estadual Vale
do Acaraú – UVA.
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